quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

Recomeçando....

Por mais que a gente saiba que não há um passe de mágica que transforme tudo quando um ano novo começa, não há como ser totalmente imune à sensação de recomeço que este momento proporciona. Atire a primeira pedra aquele que não planeja realizar um sonho ou começar um projeto entre os últimos momentos do ano que termina e os primeiros do ano que começa. Apesar de hoje ser o dia mundial da preguiça e meu corpo estar em câmera lenta, a cabeça está correndo uma maratona. Talvez mais que em anos anteriores, as ideias estão praticamente se atropelando pela velocidade com que surgem e ganham espaço entre os neurônios. 

Para organizar essa bagunça, no meu caso, a solução é sempre a mesma: escrever! É incrível como tão logo começo a deixar os dedinhos passearem pelo teclado tenho a sensação de que as ideias estão, cada uma, encontrando uma gavetinha para se alojar. Claro que isso vai durar até a próxima ideia surgir e sair abrindo as tais "gavetinhas" chamando as outras para brincar e a confusão se instalar novamente... É cíclico, como tudo na vida.

Além da quantidade/fluxo de ideias, projetos e desejos, outra coisa diferente neste começo de 2020. Primeiro que o número do ano me fez pensar em duas vezes 20. Se for para multiplicar, temos 40, a idade em que dizem que a vida começa. É realmente uma década interessante onde reunimos juventude e maturidade. Se pensarmos apenas no 20, temos uma outra idade interessante: o começo da vida adulta. Começamos a trocar brinquedos por boletos, diversões por responsabilidades. É o fluxo natural da vida, mas há um erro quando trocamos todos os brinquedos por boletos e esquecermos que a diversão é também uma das nossas responsabilidades. E, por fim, pensei que 2020 é um duplo 20, ou seja, é como se ele estivesse esperando ou oferecendo tudo em dobro. E para completar, é início de década e ano bissexto. É, 2020, você chegou chegando. E promete!

Eu acredito que escrever seja meu principal talento útil na vida, além de ser uma atividade extremamente prazerosa e gratificante. Um dos meus projetos principais para 2020 envolve a escrita. É um projeto ao mesmo tempo acadêmico e de realização pessoal e que pode ter desdobramentos profissionais futuros. Como se não bastasse isso, minha simpatia por assuntos astrológicos me leva à previsões numerológicas para meu ano pessoal e está escrito com todas as letras: crie um blog para escrever sobre assuntos do seu interesse, porque este é um ano de comunicação para você. 

A princípio pensei que o perfil que criei no Instagram sobre viagens (@decolandoepousando) - e que estou amando manter - já "resolveria a questão", mas em seguida decidi reativar este blog para quando eu quiser falar sobre outros assuntos. Claro que eu gosto de me desafiar e farei, novamente, uma tentativa de postagens diárias, mas sem as cobranças dos anos anteriores porque a minha palavra para 2020 é desacelerar. 

Que seja um ano leve, produtivo e de muito aprendizado!

domingo, 13 de janeiro de 2019

Na capital do Espírito Santo...

Com o sol na minha cara e sem enxergar direito o que a câmera do celular estava registrando eu parei para fazer esta foto.  Em seguida, fui caminhando a um shopping próximo para almoçar. Na volta, uma mulher se aproximou de mim e disse:
- Por favor me dê atenção. Eu não roubo e não quero dinheiro. Só quero lhe pedir se puder para pagar alguma comida para mim porque estou com fome. O que você puder, até um pão seco. Meu marido e eu moramos na rua e dia de domingo é bem complicado para nós.
Eu parei para conversar com ela. Aparentava ter 40 anos ou estar próximo disso. Perguntei há quanto tempo ela morava na rua e ela me disse que desde os oito anos de idade. Fugiu de casa por causa do padrasto. Perguntei se ele batia nela e ela respondeu que ele fazia tudo o que eu pudesse imaginar. Eu não quis imaginar. Não precisava.  Depois me disse que isso foi há 21 anos. A expressão envelhecida era de uma mulher de 29 anos apenas!  E ela prosseguiu falando que só sabe o que é família no nome.
Eu comentei que ela deve ter amadurecido muito e que deve ter muita história para contar. Ela me respondeu:
- Eu tinha tudo para ser a pior espécie de gente. A rua ensina muita coisa ruim mas eu quis ser diferente, diferente inclusive dos que não foram legais comigo. Não era para eu valer nada mas eu acho que não tem que ser assim.
Eu dei um dinheiro que estava no bolso a ela e falei que não era muito mas que esperava que ela conseguisse comprar alguma coisa. Ela me respondeu: -  O que você me deu vale muito mais do que esse dinheiro. Você conversou comigo, você me viu como gente.  Deus lhe abençoe. Muito obrigada de verdade.
Eu pedi um abraço e disse a ela que eu que tinha que agradecer pelos rápidos minutos de conversa que me ensinaram tanto. Aprendi a confiar no meu coração mais do que nos meus olhos.

terça-feira, 1 de janeiro de 2019

Primeiro dia do ano.

Seguindo a linha de fazer coisas diferentes... O primeiro dia do ano também foi assim. Antes de falar sobre ele, um pequeno parêntese para falar de coisas que também não fiz no último dia de 2018: não fiz aposta na Mega da Virada, não acompanhei a Corrida de São Silvestre. E hoje, primeiro dia do ano, não fiquei em casa o dia todo agarradinha com a preguiça. Não acompanhei a posse do novo presidente da República, não abri portais de notícias... Fui à praia, estive perto do mar. Nada melhor para recarregar as energias. As companhias: a amiga que passo alguns anos sem ver e uma amiga dela, que passa a ser minha amiga agora também. Tivemos uma boa sintonia. Três personalidades diferentes que se entenderam muito bem por um motivo fundamental: respeito à individualidade do outro, às diferenças. Outro detalhe novo para mim foi o turno da exposição ao sol: o vespertino. 

Na volta para casa, o percurso que normalmente é feito em pouco mais de uma hora durou duas horas e meia. Foi tempo para ouvirmos música, conversarmos, apreciarmos o pôr do sol na estrada, falarmos mais de nossos planos e metas e dos aprendizados que tivemos nas últimas 24 horas. Um deles se refere ao hostel. Chegamos à conclusão que seria melhor retornar a Salvador apenas no dia seguinte (hoje)  final da tarde, mas quando procuramos hospedagem o único lugar que encontramos com disponibilidade foi um "hostel". A minha amiga estava hospedada na casa de parentes, mas a amiga dela e eu ficaríamos neste local. Ficaríamos, mas não foi o que aconteceu. 

O quarto coletivo era para 12 pessoas e não 8 como nos havia sido informado. Acomodações em triliches, quarto pouco espaçoso, escuro, apenas uma tomada disponível. Instalações elétricas insatisfatórias (o fato de ligar um aparelho podia derrubar toda a energia do local). Banheiro entupido dentro do quarto, sem teto - de forma que qualquer coisinha mais sólida deixada no vaso sanitário deixaria o quarto do jeito que vocês estão pensando... Um quarto para mulheres que se arrumariam para uma festa e que não tinha espelho. Um chuveiro que não era elétrico (eu dispenso, mas em hospedagem não pode faltar) e que caía água quase como um conta-gotas (até eu demoraria no banho). Não havia espaço para guardar bagagem e uma série de outras coisas. Até nos "conformamos" com a situação, mas a minha amiga conseguiu ajeitar as coisas na casa dos parentes para nos receber. O pouco tempo que ficamos lá, conversamos com as outras hóspedes e todas tinham a mesma opinião mas não tinham alternativa porque todas as pousadas estavam sem leitos disponíveis. Entendi de uma vez por todas que ter amigo é melhor do que ter dinheiro. 

O condomínio onde minha amiga estava hospedada é ao lado do local da festa. Tivemos uma noite tranquila de sono, em instalações mais confortáveis e habitáveis. Entendemos que não podemos deixar para resolver festa de Reveillon de última hora e que não se pode confiar nas avaliações de usuários de hotéis e afins na internet - o "hostel" é avaliado com nota altíssima no site Booking! O dono do estabelecimento devolveu o adiantamento que eu tinha pago. 

segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

Esperando 2019

Virada de ano é aquele momento de fazer planos e traçar metas que muitas vezes não saem do papel, do imaginário, do campo dos desejos. Li alguma vez uma frase atribuída a Albert Einstein que diz que não podemos esperar resultados diferentes se fazemos sempre as mesmas coisas. Sendo de Einstein ou não, concordo. Pensando nisto, resolvi iniciar o ano de 2019 fazendo coisas diferentes. 

Começando pelo traje. Os dois últimos anos eu passei de rosa e branco. Em 2017 (re)conheci o amor da minha vida de todas as minhas vidas e isto reforçaria a crença em qualquer superstição de que rosa é a cor do amor. Então, vamos esperar 2018 de rosa e branco novamente (o mesmo short rosa, inclusive) para reforçar este amor. O que tivemos? Um ano inteiro sem vê-lo, mas sem esquecê-lo um minuto sequer. Mantemos a superstição? Decidimos que sim. Afinal, eu confio neste sentimento. É muito intenso, é muito mágico, é muito verdadeiro.

Vamos em busca de uma peça nova (para manter a tradição) na cor rosa (que nunca foi a minha favorita). Percorri uma dúzia de lojas (sem exagero!) e não encontrei absolutamente N-A-D-A em rosa (ok, tinha uma blusa de malha que não me agradou muito mas que comprei assim mesmo porque pode ser utilizada em outras ocasiões... e  na verdade eu queria era um short ou saia rosa e a blusa branca). Só que se tem uma coisa que aprendi a fazer foi a perceber as mensagens que o universo nos manda. Em todas as lojas havia centenas (aqui é exagero) de peças na cor vermelha. 

Ora, até mesmo a minha árvore de Natal deste ano foi toda com enfeites em vermelho e branco. Sabe quando a gente começa a ter uma ideia fixa e não sabe exatamente o motivo? Foi assim com a bendita árvore. Então, entendi! Era mais uma mensagem do universo. Vista vermelho! Lembrei que no começo do mês de dezembro eu comprara um short vermelho apenas porque me encantei com o modelo e não tinha em outra cor. Tenho poucas peças em vermelho no meu armário porque acho que não combina com meu jeito discreto de ser... mas enfim, estava decidida a roupa. Faltava o local. 

Tive o insight de falar com uma amiga daquelas que a gente passa anos sem ver mas que isso não abala em nada o relacionamento. Um tanto quanto em cima da hora, mas a virada do ano seria cheia de experiências novas, cheias de "primeiras vezes": primeira vez que passava o Reveillon com esta amiga, primeira vez na praia que escolhemos (litoral norte da Bahia, região metropolitana de Salvador), primeira vez em um show do Harmonia do Samba (eu A-D-O-R-O!), primeira vez de vermelho, primeira vez hospedada em um hostel, primeiro ano que vejo chegar longe de minha cidade. Nada rotineiro... que venham os resultados diferentes!

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

O vitral e os novos olhares

E o Facebook me trouxe este texto (publicado há um ano) nas recordações de hoje... Decidida a postagem! (Cá para nós, quando eu estou inspirada é cada textão lindo né?)

Se eu tivesse que definir este ano com poucas palavras eu escolheria apenas duas: novos olhares. Dos novos olhares surgem novas percepções, conceitos, significados, atitudes, sentimentos... Algumas vezes estes novos olhares vêm de outros olhos que não os seus. Um exemplo é este vitral. Passei anos subindo essa escada e entrando por aquela porta ali no cantinho da foto para acessar meu local de trabalho. Foram anos sem perceber o vitral. "Como assim, Conça?" "É impossível não ver o vitral". É impossível não ver, mas é perfeitamente possível não perceber. Eu não percebia. Até o dia em que, conversando com um colega sobre fotografia, ele me mostrou uma imagem que fez do vitral, com o celular mesmo. Pelo olhar dele eu percebi as cores, os detalhes, a beleza, a poesia, o valor histórico de um objeto que estava ali o tempo todo ao alcance da minha visão. 

O tempo passou e já não preciso mais subir essa escada e nem entrar por aquela porta diariamente, porque estou em outro setor. Hoje, entretanto, desci pelas escadas e percebi novamente o vitral. Não foi uma percepção como a primeira, veio como uma metáfora. Eu fui o vitral para mim mesma durante muito tempo. Eu me permitia ser como a porta, objetiva, funcional, de utilidade imediata, no canto da foto. Hoje eu sou o vitral, no centro, em destaque. 

Esta nova percepção trouxe à lembrança aquela conversa, aquele colega querido e tudo que aprendi com ele na pouca convivência que tivemos. Não foram lições técnicas, foram lições de vida. Hoje ele já está aposentado e há tempos não o vejo, mas carrego comigo os ensinamentos que ele tão generosamente, naturalmente e verdadeiramente compartilha. Conhecimento só multiplica quando a gente divide, seja ele qual for - uma teoria matemática, uma norma gramatical ou uma experiência que vivemos. Gratidão resume, admiração define. 


Nenhum texto alternativo automático disponível.

terça-feira, 18 de setembro de 2018

Reflexões sobre o dia em que Gustavo Borges curtiu uma publicação minha no Instagram

Eu fui um bebê fofo e a (falta de) modéstia não me impede de sair falando isso. Eu era daqueles bebês risonhos que parecem uma boneca (ainda mais que tenho o tom de pele considerado dentro do "padrão de beleza", mas a gente deixa a questão do racismo para um outro momento). Há alguns dias eu postei uma foto de quando tinha aproximadamente 18 meses de vida no Instagram. A publicação recebeu várias curtidas. Duas delas são muito especiais para mim, mas falarei apenas de uma. Pela primeira vez na vida, uma celebridade curte uma foto/publicação minha nas redes sociais. Quem? Quem? Quem? Gustavo Borges, ex-atleta olímpico da natação. 

E por que estou trazendo isto aqui? Primeiro porque nos primeiros cinco minutos eu fiquei me achando uma celebridade também. Segundo porque depois deste período os meus pensamentos foram:
  1. Ele não é "tão celebridade" assim. Depois que encerrou a carreira sumiu da mídia. 
  2. Pode ser uma estratégia para aumentar o número de seguidores e, consequentemente, aumentar o faturamento comercial com anúncios. 
E isto me levou a duas conclusões.  Conclusão número 1: muitas vezes passamos muito tempo tentando entender os porquês de determinada atitude de alguém. Gustavo Borges curtiu minha foto no Instagram. Ponto. Qual a razão disso? São infinitas as possibilidades, talvez haja mais de uma resposta certa e... tcharam! A resposta não está comigo! Por que não curtir o momento, apenas? que diferença faz saber se foi porque ele realmente gostou da foto, se clicou sem querer, se quer mais seguidores? Acho que isso vale para (quase) tudo na vida. Conclusão número 2: tendemos a desvalorizar elogios e acredito que parte disso está justamente no fato de que elogiar "saiu de moda" na contemporaneidade. O que é uma curtida no Instagram senão dizer "gostei" ou "legal"? É um elogio, a meu ver. Temos a opção de agradecer e seguir em frente, mas o que fazemos com os elogios? Desvalorizamos. Da mesma forma que quando alguém elogia uma roupa a gente fala algo como "custou 20 reais na C&A" ou alguém elogia nosso cabelo e a gente responde com "está sujo". 

Moral da história: não fique procurando motivos para baixar sua autoestima!
Moral da história 2: aceite os elogios e também os distribua de forma sincera. Acredite, a vida fica melhor assim. 

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

terça-feira, 11 de setembro de 2018

11 de setembro

Foi há 17 anos, mas não tem como esquecer aquela manhã de setembro. O tempo apaga alguns detalhes, mas não as sensações. Lembro que, por alguma razão, eu estava em casa e, por alguma outra razão, a televisão estava ligada, mas minha atenção não estava voltada para as imagens exibidas. Olhando de relance, vi um prédio pegando fogo e acreditava ter ouvido algo sobre os Estados Unidos. O cérebro logo deduziu "incêndio nos Estados Unidos, tomara que não haja vítimas".  A cobertura da imprensa continuava, mas creio que era alguma das histórias de Agatha Christie que me fascinava então (acredito que foi nesta época que comecei a me encantar com esta autora e raríssimas coisas eram capazes de distrair minha atenção quando começava a ler algum de seus livros - ainda  hoje é assim, mesmo quando não é primeira leitura!). 

Em um momento de pausa no que eu estava fazendo (seja lá o que fosse) eu voltei os olhos para a televisão e vi a imagem do avião invadindo uma das 'torres gêmeas", em Nova York. Eu já não lembrava do prédio em chamas que havia visto e aquilo me pareceu tão surreal que pensei se tratar de algum trailer de filme. Roteiro criativo - pensei, em fração de segundos. Voltei minha atenção para ver o nome da película, data de estreia e... Era vida real!!!!!! Inacreditável!!!!! Se alguém me contasse, eu duvidaria, mas estava vendo com meus próprios olhos (ainda que pela televisão). 

Naquela manhã de setembro, seres humanos sequestraram aviões com outros seres humanos a bordo e chocaram este mesmo avião contra um par de arranha-céus onde outros seres humanos estavam. Milhares de mortos, milhares de feridos e muita destruição foi o saldo de uma tragédia causada porque seres humanos não viam os semelhantes como tal. E não estou falando dos que sequestraram os aviões, mas dos que deram causa a isso (não justifica, apenas explica) com anos e anos de neoliberalismo predatório. Uma ferida com cicatrizes para ambos os lados. 

Aprendi nas aulas e livros de história que grandes acontecimentos marcam inícios de novas eras. Naquele 11 de setembro eu tive a sensação de que o século XXI estava começando de verdade. Somente daqui a muitos anos chegaremos a um consenso sobre ser o início de uma nova etapa e a nomearemos, mas o fato é que hoje, novamente um 11 de setembro, eu me peguei pensando em toda a onda de violência, intolerância e ódio que o ataque às torres gêmeas começou e/ou agravou. Em um momento em que um candidato com discurso parecido a estes fatores motivacionais do atentado ocupa o primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto para presidente da República no Brasil, meus sentimentos não podem ser outros senão a preocupação e o medo. 

A história já nos mostrou as consequências destes pensamentos nefastos. E não há lados vencedores em uma guerra de ódio. Conhecer os erros do passado é importante para afastar os erros do presente e ter um novo futuro. Por sorte Hitler não sabia disso e não aprendeu com os erros de Napoleão Bonaparte (invadiu a Rússia no inverno e também perdeu a guerra para o "General Mau Tempo"), mas não podemos contar sempre com o acaso, com a providência divina. Precisamos fazer a nossa parte e começa com achar que política é coisa para nós sim. Voto é coisa séria. Muito séria. 



sábado, 28 de julho de 2018

Caranguejo

Quando você senta para fazer uma refeição e o cardápio te impulsiona a filosofar. O que foi servido? Caranguejo. Alguém, algum dia, teve a ideia de pegar aquele crustáceo não muito simpático, cheio de garras afiadas, que vive na lama, e experimentar. E hoje, não sei quanto tempo depois, o animal tem que ser defendido por uma lei que proíbe a captura predatória no período de reprodução, a fim de que as espécies sejam preservadas, ou seja, o caranguejo caiu no gosto popular. No Nordeste, é um dos pratos mais consumidos, principalmente para acompanhar a cervejinha que ajuda a melhorar o calor do verão. 

Não é tão simples comer caranguejo. Há técnicas para a captura, transporte, limpeza, cozimento e até para saborear a carne. Eu não tenho muita habilidade, mas certamente a desenvolveria se fosse um dos meus pratos favoritos (o que não é o caso). E enquanto eu ouvia cuidadosamente as explicações da minha amiga sobre o preparo da refeição e as instruções sobre como quebrar a carapaça do bichinho, fiquei pensando que esta dificuldade pode nos afastar dos caranguejos. E das pessoas também. Aquelas que não são muito simpáticas, que estão escondidas embaixo de uma carapaça, vivendo na lama, também podem nos surpreender positivamente. Por que não acreditar neste potencial também?

sexta-feira, 27 de julho de 2018

Fico assim sem você

" Tô louca para te ver chegar
Tô louca para te ter nas mãos
Deitar no teu abraço
Retomar o pedaço
Que falta no meu coração..."



Estou em uma fase de ouvir rádio e deixar as músicas em mp3 ou as playlists do Soptify para os momentos de comerciais (às vezes eu escuto) ou quando nenhuma das estações que costumo ouvir está tocando uma música  que eu gosto (acontece...). E na semana que começou com mais um motivo para não esquecer, a canção veio reforçar a lembrança de que "o meu desejo não tem fim", que "eu conto as horas para poder te ver" e que "a solidão é meu pior castigo".